segunda-feira, 28 de junho de 2010

Comissão da Baleia estuda suspender proibição de caça ao animal


Autor da proposta disse que ela salvaria a vida de cerca de 5 mil baleias em dez anos

A Comissão Internacional da Baleia (IWC, pela sigla em inglês) começou sua mais importante reunião em décadas para debater se deixa de lado uma ineficiente proibição de caça comercial às baleias, determinada há 25 anos, e, em vez disso, estabelece um limite para a prática sob um regime exequível.

Embora grupos ambientalistas digam que a moratória de 1986 seja uma das medidas de maior sucesso para a conservação animal da história, ela fracassou em evitar que o Japão, a Noruega e a Islândia matassem centenas de baleias todos os anos, numa atitude de desafio à comissão.

A proposta apresentada aos 88 integrantes da comissão permitiria que os três países realizassem caça limitada em troca da remoção de seu status de países que não obedecem as regras e a imposição de um período de dez anos de monitoração internacional.

O autor da proposta, o presidente da IWC Cristian Maquieira, disse que ela salvaria a vida de cerca de 5 mil baleias em dez anos. Maquieira não compareceu ao encontro porque está doente.

Permitir a caça de maneira limitada também reduziria o assédio de conservacionistas que tentam atrapalhar as caçadas, o que algumas vezes resulta em confrontos violentos no mar.

Poucos minutos antes do início da conferência anual, o vice-presidente da comissão, Anthony Liverpool, postergou as sessões de abertura por dois dias para dar aos países favoráveis e contrários à proposta uma chance de discutir o assunto. A suspensão da agenda não tem precedentes nas últimas décadas e reflete o grau de desacordo sobre a proposta de levantar a proibição. A reunião se encerra na sexta-feira.

Ambientalistas que participam como observadores denunciaram a decisão de realizar negociações a portas fechadas. Chamando a medida de "fundamentalmente inaceitável", Wendy Elliott da WWF International disse que todos os preparativos para a reunião foram realizados em segredo e "agora é o momento de abrir uma discussão transparente e honesta".

Muitos membros da comissão se opõem à sanção contra a caça às baleias. Outros podem concordar com um acordo que imponha duras condições para proteger as espécies mais ameaçadas e exigem que o Japão interrompa suas incursões ao Santuário Antártico das Baleias, para onde cerca de 80% das baleias se dirigem para se alimentar. Muitos integrantes da comissão também querem que a venda internacional de carne de baleia seja interrompida.

"Nós queremos duas coisas: que mais baleias sejam salvas e que a comissão da baleia funcione bem", disse a delegada holandesa Marianne Wuite.

O futuro da comissão, que já tem 65 anos, tem sido ameaçado por sua incapacidade de impedir que o Japão, a Noruega e a Islândia cacem baleias.

Em 1994, a comissão declarou que a Antártida era uma zona proibida para a caça, mas o Japão não concordou com o estabelecimento do santuário e o grupo não tem mecanismos para assegurar ou impor o cumprimento das regras.

Para tornar a questão mais complicada, as regras originais da comissão, de 1946, permitem que os países membros peçam isenções das decisões da comissão. O Japão realiza suas caçadas sob uma cláusula que permite a morte de baleias para pesquisa científica, embora praticamente toda a carne vá para o mercado comercial.

A proposta acabaria com as isenções e exigiria que os países concordassem em obedecer as regras. Eles teriam de instalar monitores de satélite em seus navios de pesca de baleia, o que permitiria aos observadores internacionais seguir seus movimentos e atividades. Se um país caçar mais do que a sua cota, ela será reduzida nos anos seguintes.

Atualmente, mais de 1.000 baleias são mortas a cada ano. Em 2006, cerca de 2 mil foram mortas, segundo o Pew Environmental Group.

"O Japão é a chave", disse Susan Lieberman, diretora do programa de conservação de baleias do Pew. "A questão é se o Japão vai se comprometer ou não."

Ela disse que o Japão deve ser persuadido a interromper a caça às baleias no santuário no hemisfério sul se conseguir o reconhecimento internacional de seu direito de caçar baleias fora de sua costa.

"Se fosse uma questão puramente econômica, não haveria caça às baleias na Antártida", disse ela.

Os Estados Unidos disseram que são favoráveis ao acordo, mas que as cotas propostas são muito altas. A União Europeia disse que quer manter a moratória, mas também indicou que analisaria o acordo que pede uma diminuição gradual da caça ao longo dos anos

domingo, 27 de junho de 2010

Chimpanzés e gorilas podem originar novos focos de malária na África

Os chimpanzés e gorilas selvagens também podem contrair malária, revelou uma técnica recente que permite extrair DNA das fezes dos grandes macacos africanos.

A equipe que fez a descoberta, saída de amostras coletadas na República dos Camarões, revelou dois novos parasitas do grupo do Plasmodium falciparum, parasita causador da doença: um risco para a emergência de novos tipos de malária humana

A importância do trabalho está em reafirmar o potencial de surgimento de novas epidemias vindas de populações selvagens de animais, como foi o caso, por exemplo, da Aids.

O estudo, assinado por cientistas de EUA, França, Gabão e Camarões, está na edição desta terça-feira (19) da "PNAS" e foi liderado por Francisco Ayala, da Universidade da Califórnia em Irvine.

Até recentemente, acreditava-se que o único "parente" próximo do P. falciparum fosse um parasita de chimpanzés, o P. reichenowi.

Transmissão

Mas no ano passado foi encontrado um plasmódio desconhecido em chimpanzés mantidos como animais domésticos em um local remoto do Gabão, batizado P. gaboni, e novas amostras coletadas na Costa do Marfim e em Camarões permitiram concluir que todas as variadas linhagens do parasita humano se originaram do P. reichenowi e passaram ao homem via chimpanzé.

O novo estudo examinou fezes de 125 chimpanzés e 84 gorilas de populações selvagens, e achou DNA de plasmódio em 22 dos chimpanzés e 18 dos gorilas.

As duas espécies novas do parasita, ainda sem nome, estavam em gorilas. A descoberta da variedade de plasmódios em vários países --e em diferentes subespécies de chimpanzés e gorilas-- mostrou a fragilidade das barreiras à transmissão entre espécies diferentes.

"O contínuo e crescente contato entre humanos e populações de primatas, principalmente por conta de desmatamento e de atividade madeireira, aumentam a possibilidade de transmissão de novos patógenos", escrevem os cientistas.

Por Ricardo Bonalume Neto

Fonte: Folha de S.Paulo

Chilli, o maior boi do mundo



Chilli, o gigante gentil (como é chamado), pesa cerca de uma tonelada e tem 1,80m de altura (das pastas ao ombro). Ao lado de sua tratadora suas proporções imprecionam!

Com apenas 6dias de vida,ele foi abandonado na porta do Santuário Animal de Ferre, em Somerset, Inglaterra. Desde seus primeiros meses seu crescimento já era superior ao dos outros animais. Seus tratadores acreditam na possibilidade de Chilli quebrar o antigo record britânico.
Seus proprietários entraram em contato com os responsáveis pelo Guinnes Book para registrá-lo como o maior boi do mundo. Ele já está sendo comparado a outros animais como ele espelhados pelo planeta.
Se Chilli será ou não considerado o maior pelo Guinnes não se sabe, mas ele já é bastante imprecionante! Já imaginou como pode ser um animal ainda maior que o Chilli? Chega ser assustador!